A Trindade e o 666

O MISTÉRIO DA INIQUIDADE

A Trindade e o 666

“Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão, também o tal...” Apoc. 14:9

INTRODUÇÃO: A grande questão envolvendo adoração e obediência, está revivendo progressivamente aquela controvérsia que, tendo início no céu, aproxima-se de seu climax na terra. As três mensagens angelicais começam e terminam, dando ênfase neste cerne do grande conflito final. II Tes. 2:1-12.

Adoração: Quem adoramos; Obediência: Quem obedecemos.

Elas começam dizendo: ‘Temei’ e ‘Adorai’; e conclui asseverando que ‘Se alguém adora a besta e a sua imagem’ e ‘receber o sinal na testa ou na mão...’ (Ap. 14:7 e 9). O termo ‘adoração’ implica ‘divindade’ e o termo ‘temer’ implica ‘obediência’. Sobre aqueles que insistem em rejeitar o apelo da 1ª mensagem, é lançada a ameaça da 3ª mensagem, uma vez que a ‘queda de babilônia’, isto é, a desmascaração de seu MISTÉRIO foi revelada pela mensagem do 2º anjo.Vemos nestas mensagens opostos objetos de culto reclamando adoração e submissão as suas opostas leis.

Sendo assim, quem de fato, é digno de adoração? A qual lei devemos obedecer? É possível obedecermos a lei certa adorando o deus errado ou adorarmos o Deus certo obedecendo a lei errada? Descobriremos neste artigo a distinção entre o ‘Selo de Deus’ e o ‘Sinal da Besta’ no contexto da adoração.

A ORIGEM DA CONTROVÉRSIA – CÉU: A besta (poder religioso) e sua imagem (poder político - religioso) descrita pelo terceiro anjo, são apresentadas no capítulo precedente – 13. Este divide-se em duas partes: a) A besta que sobe do mar (poder religioso) – vs. 1-10 e) A besta que sobe da terra (poder político) – vs. 11-18. [Besta/Animal = Poder/Reino – Dn. 7:17, 23].

Este capítulo nos diz que a 2ª besta fará uma cópia da 1ª besta. Razão pela qual ela se tornará num poder não só político, mas também religioso; isto é, unindo o estado com a igreja contrariando seu princípio de separação igreja-estado.

É interessante notar que a questão sobre ‘Adoração’ aparece duas vezes na 1ª parte (vs. 4 e 8) e também duas vezes na 2ª parte (vs. 12 e 15). Parece ficar notório que ambos o poderes, no que concerne este ponto, partilham do mesmo objetivo. Por quê? Se você conferir, vai notar que tanto num quanto noutro, é feito referência a um ‘Dragão’ (vs. 4 e 11). O capítulo 12 vai nos dizer que este ‘grande dragão, [é] a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo...’ (vs. 9). Os livros de Ezequiel 28: 14-17 e Isaias 14:12-15 diz que ele queria ser adorado ‘semelhante ao Altíssimo’. Ellen White, escritora americana, comenta isto com muita precisão:

“Lúcifer no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. ... Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia a Cristo unicamente. O grande

Criador convocou as hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai... O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele.” História da Redenção, 13.

TRANSFERÊNCIA DA CONTROVÉRSIA – TERRA: A posição ocupada agora por Cristo, seria igual a de Deus. Jeová e Ele se empenhariam na criação da terra. Isto fica-nos claro quando lemos: “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho se é que o sabes?.” Provérbios 30:4.

“Pai e Filho empenharam-Se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado – a criação do mundo. ... Depois que a Terra foi criada, com sua vida animal, o Pai e o Filho levaram a cabo Seu propósito, planejado antes da queda de Satanás, de fazer o homem à Sua própria imagem. Eles tinham operado juntos na criação da Terra e de cada ser vivente sobre ela. E agora disse Deus a Seu Filho: “Façamos o homem à Nossa imagem.” ... O santo par unia-se a eles e elevava sua voz num harmonioso cântico de amor, louvor e adoração ao Pai e a Seu amado Filho pelos sinais de amor ao seu redor. ... Satanás ouviu o som de suas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. E quando Satanás o ouviu, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram...” Ídem, 20, 21 e 22. Duas pessoas apenas, operaram na criação.

Uma terceira pessoa se moeu de inveja e ódio quando ‘ouviu o som de suas [Adão e Eva] melodias de adoração ao Pai e ao Filho. Quem foi essa pessoa? Muito bem! ‘Satanás’; esse sim, queria ser um deus. Veja o nome do Pai no Filho:

“Foi-lhes então dada esta mensagem da parte de Jeová [Pai]: “Eis que Eu envio um Anjo [Filho] diante de ti, para que te guarde neste caminho,... Guarda-te diante dEle, e ouve a Sua voz,... porque o Meu nome está nEle...” Ex. 23:20-22. Durante todas as vagueações de Israel, Cristo, na coluna de nuvem foi o seu dirigente.” Patriarcas e Profetas, 311, 366. Confirmada a decisão de Deus no concílio celestial.

O leitor começa agora a entender porque tanta ênfase na adoração do capítulo 13 de apocalipse? Entende agora porque o ‘dragão’ de apocalipse 13:4 dá o seu poder a 1ª besta e faz que a 2ª fale como ele, fazendo ‘que todos’ adorem-na?

Satanás paganizaria os povos usando seus costumes, crenças e práticas, para tentar desvirtuar a adoração verdadeira. Estabeleceria o politeísmo formando tríades no mundo antigo, pois buscaria formar uma trindade com Deus no futuro.

Por exemplo: Na Babilônia nos temos que: “Era um princípio essencial do sistema babilônico que o Sol ou Baal [deus da natureza] era o seu único deus.” The Two Babilons, 96. Ainda no mesmo livro: “O conceito da trindade provém do paganismo que se iniciou na Suméria, Babilônia, logo após o dilúvio. O “único” Deus dos Babilônios eram três pessoas; e para simbolizar a trindade, eles empregavam o triângulo eqüilátero, assim como usa a igreja católica até hoje. Outras nações adotaram a trindade, tal como a Índia, Fenícia, Pérsia e Egito. No Egito, a trindade pagã era Isis, Hórus e Seb.” (Rev. Alexander Hislop).

Um triângulo é uma figura geométrica contendo três lados iguais com 60º em cada uma de suas adjacências. Se eliminarmos o elemento subliminar, isto é, o zero; teremos o número 6. Logo, temos três números iguais ocupando igual posição; assim é com a trindade que evoca três deuses iguais ocupando igual posição.

PAGANISMO NO CRISTIANISMO: Com respeito a adoração e obediência “... A igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja.” Alejandro Bullón - citado em seu livro: O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pág. 42.

Nos séculos II e III, Satanás estava buscando introduzir sua trindade pagã na igreja cristã. Ele deificou Cristo, negando sua filiação, ou seja, gerado de Deus, preparando assim o caminho para estabelecer-se como a terceira deidade.

Com a introdução da falsa adoração, veio também o falso dia de adoração com a conversão nominal do imperador Constantino, sendo introduzido sutilmente filosofias gregas paganistas, tal como a observância do Domingo (venerabili die solis), instituído por ele no dia 7 de Março de 321 [Enciclopédia Britânica, 11ª edição, art. “Domingo”]. Babilônia Imperial na Babilônia Mística.

A TRINDADE E O 666: No capítulo 13, ligado a ‘adoração’ está o sinal na mão direita ou na testa (vs. 16). Ninguém poderá comprar ou vender senão tiver o sinal, ou nome da besta, ou número do seu nome. Note a ênfase no nome.

O número é 666. Os entendidos, de acordo com apocalipse 13:18, podem calcular o ‘número da besta, porque é o número de um homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis’. Não deve ser novidade prá ninguém que o papa ostenta alguns títulos (Dn. 7: 8 e 25). Por exemplo:

V = 5 F = 0 D = 500 D = 500 C = 100

I = 1 I = 1 E = 0 U = 5 L = 50

C = 100 L = 50 I = 1 X = 10 E = 0

A = 0 I = 1 R = 0

R = 0 I = 1 I = 1

I = 1 S = 0

V = 5

S = 0

É número de homem, porque foi a sabedoria humana e não divina quem inventou um confuso deus que é um, mas é três. Os adoradores da besta e da sua imagem estarão unidos numa falsa adoração e, receberão o sinal da besta obedecendo um dia de adoração falso.

Temos aqui a tradução em Vigário do Filho de Deus e Chefe do Clero, que somados, ambos vão individualmente totalizar 666. Mas o que deve nos surpreender não é o simples fato de sabermos quem esse número identifica, mas sim, as implicações deste número. O teólogo evangélico Earl W. Morey, comentando o número 666 diz: “O dragão desenvolveu a trindade forjada em seu conflito espiritual contra a igreja.” Bíblia de Estudo Plenitude, 1361.

Com respeito ao sinal, no profeta Ezequiel 20: 12 e 20 é-nos dito que o sábado do quarto mandamento da lei de Deus , é o sinal entre Deus e seu povo contendo o Selo de Deus. Se o sinal de Deus é um dia; logicamente o sinal da besta só pode ser também um dia (domingo) contendo seu selo – nome; o dia de adoração pagã a Baal – único deus Sol (Sunday) trino – Istar, Sin e Xamaxe.

Assim, o dia de guarda tem que ver com um sinal exterior, mas o selo contendo o nome tem que ver com o caráter; algo interior. Qual relação disto tudo com fator adoração e obediência na crise final?

É simples! O capítulo 14: 11 menciona novamente o ‘sinal do seu nome (domingo-trindade)’ e, outra vez é mencionado no capítulo 15:2. Lá fala de um grupo de vitoriosos que saíram vencedores da ‘besta (poder papal), e da sua imagem (poder ecumênico-político), e do seu sinal (domingo), e do número seu nome (666-trindade)’. Tanto o sinal quanto o número estão relacionado com o nome da besta. Por quê? No sinal nós temos o falso dia de adoração e no número o falso deus trino que se adora. O deus trinitário do catolicismo e protestantismo apostatado [Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito] são três deuses iguais ocupando igual seqüente posição como iguais são os três números da besta ocupando também seqüentes posições iguais [666]. Este nome é um mistério.

Na testa dos adoradores da besta vai estar o nome do seu deus: ‘na sua testa, estava escrito o nome: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA’ (Ap. 17: 5).

Ora, qual é o mistério central do catolicismo romano? “A Igreja Católica ensina que o insondável mistério que chamamos Deus revelou-se à humanidade como uma Trindade de Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O mistério da Trindade é o mistério central da fé católica. Sobre ele estão baseados todos os outros ensinamentos da Igreja.” Catecismo do Católico de Hoje, 11. Este também e o mistério das demais igrejas protestantes que, de protestantes já não tem mais nada. O nome da besta estará em suas testas, porque eles estarão adorando um deus falso; o deus pagão do ecumenismo. Entendeu?

CONCLUSÃO: Em contraste com eles, os 144.000 terão ‘O Selo de Deus’ em suas testas, que é o nome dele [Cristo] e o de seu Pai [Deus (Ap. 7:1-5 e 14:1)]. Ainda em Ap. 3: 12, este grupo terá sobre eles o nome do Deus de Cristo, o nome da cidade do Deus de Cristo e o novo nome de Cristo, o Salvador. Aleluia.

Saibam todos que, o sinal não o mesmo que o selo, como muitos tem crido. A menos que, juntamente com a santificação do verdadeiro dia de adoração, se adore o Deus verdadeiro e Seu divino Filho, não serão selados. Eis aí, a mensagem dos três anjos crida e pregada pelos pioneiros fundadores da IASD que criam no Espírito Santo, mas não como um terceiro deus a ser adorado.

Entendemos agora porque o teólogo Knight da Andrews escreveu em 2005: “A maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as “27 Crenças Fundamentais” da denominação.” Livro ‘Em Busca de Identidade’, pág. 16 (CPB). Eles eram antitrinitariano. Ellen nunca usou a palavra trindade em seus escritos. Compartilhe esta mensagem. ‘Sai dela, povo meu...’ (Ap. 18:4).

Autor: Ev. Alexandre Botelho